sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Ato de Repúdio

Manifestantes realizam ato contra práticas antissindicais da Gol

 Os abusos cometidos pela Gol Linhas Aéreas contra os trabalhadores foram novamente alvos de denúncia e ato de repúdio. Representantes de diversos sindicatos filiados à CUT Brasília realizaram, na manhã da quinta-feira (13), um protesto contra as perseguições e a demissão de dirigentes sindicais, em frente ao check in da empresa, no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília.

No dia 4 de fevereiro, o secretário geral do Sindicato dos Aeroviários de Brasília (Sindaero-DF), Luciano de Oliveira, foi demitido por justa causa. A empresa utilizou-se de uma foto postada em uma rede social para alegar que o dirigente teria denegrido publicamente a imagem da Gol. Na verdade, Luciano, em exercício de seu mandato de dirigente sindical, estava denunciando o descaso da empresa com passageiros e assédio moral contra trabalhadores, muitas vezes submetidos a situações constrangedoras. O Sindicato conseguiu reverter a demissão arbitrária na Justiça e Luciano está sendo reintegrado à empresa.

"Nem as multas aplicadas pelo Tribunal Regional do Trabalho à Gol estão sendo suficientes para frear as arbitrariedades que a empresa pratica", disse Luciano, referindo-se à condenação da companhia aérea em R$ 1 milhão por prática antissindical, no final do ano passado.

Luciano informou que a empresa esconde vários problemas. "Ocorre de tudo na Gol, desde mudanças de função, claramente para diminuir os salários, a sobrecarga de trabalho por conta da falta de funcionários, a não renovação e distribuição inadequada dos equipamentos de proteção individual, e o constrangimento dos próprios passageiros, como no caso daqueles que têm dificuldade de locomoção, pois a empresa não faz a manutenção correta de um equipamento apropriado para levá-los a bordo da aeronave, sujeitando os trabalhadores a fazer esse transporte no braço".

"Sobre a minha demissão, ficou evidente o caráter revanchista, pois ocorreu quando estávamos construindo a nossa pauta de reivindicações, em que o carro chefe era justamente o fim do assédio moral, uma prática constante na Gol", enfatizou Luciano.

Em sua fala, o secretário de Administração e Finanças do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Embaixadas, Consulados e Organismos Internacionais no Brasil (Sindnações), Marcondes Rodrigues da Silva, lembrou que "é lamentável que isso ocorra no século XXI. Não é possivel que ainda ocorram comportamentos desumanos e desleais como esses. Não queremos benesses, mas que a legislação seja cumprida".
Participaram da manifestação representantes do Sindicato dos Instrutores de Auto Escola (Sieame), Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana do DF (Sindlurb), Sindicato dos Empregados em Estacionamentos e Garagens Públicas e Privadas do Distrito Federal (Seeg), Sindnações e Sindaero-DF.

CUT DF

Fontes: http://www.cutdf.org.br/novo/cut_default.aspx?cmx=2585

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